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[Resenha] O Garoto No Convés

Garoto no Convés, O

Nome: O Garoto no Convés
Autor: John Boyne
Ano: 2009
Páginas: 496
Preço: R$46,00 (Submarino)

Sinopse:

Aos catorze anos de idade, o órfão John Jacob Turnstile perambula pelas ruas de Portdmouth, no sul da Inglaterra, cometendo pequenos furtos. Dois dias antes do Natal de 1787, porém, o que tem início como apenas mais uma delinqüência resulta numa série de acontecimentos que mudarão sua vida para sempre. Para escapar da prisão, embarca às pressas num navio da marinha inglesa na função de criado do capitão. Seu plano é fugir na primeira oportunidade, mas o que o aguarda é uma aventura de proporções épicas, na qual não faltarão conflitos entre os membros da tripulação, tempestades, portos exóticos, ilhas paradisíacas e um motim, que acabaria por se tornar o mais famoso na história naval.
Do mesmo autor de O menino de pijama listrado, O garoto no convés é uma empolgante mistura de romance de formação, aventura marítima e reconstituição histórica. É também o tocante relato das descobertas de um adolescente que parte numa jornada perigosa para fugir de um passado traumático.

Resenha:

Bom, comprei esse livro logo após ter terminado de ler O menino do pijama listrado (em breve resenha aqui no blog). Me apaixonei pela capa, aquele detalhe em cordas e alto relevo, simplesmente me encantaram.
O enredo começa com a apresentação do protagonista: o jovem John Jacob Turnstile, larápio em Portsmouth. Jacob não sabe, mas naquela manhã tudo iria mudar. Ele segue um fidalgo até a biblioteca, pensando em roubar o relógio do cidadão. Eles têm uma rápida conversa sobre livros e John confessa que quando crescer seria escritor. Ele rouba o relógio de bolso do fidalgo e sai correndo mas, na saída da biblioteca ele é pego pela vizinhança que já estava farta de seus roubos incontroláveis. John é levado até a delegacia mais próxima e lá é colocado em uma prisão temporária.
O fidalgo aparece e tira o menino da cadeia e o leva para trabalhar em um navio – o Bounty – no qual seria o criado do capitão William Bligh. Logo que embarca no navio, Jacob sente a pressão de seus superiores e ainda mais: os enjôos constantes.
Ao longo da viagem, Tutu – como era chamado – cria uma relação de confiança com o capitão, se tornando extremamente intimo do mesmo. Muitos conflitos entre os oficiais ocorrem durante a viagem, mas, contudo, ela prossegue normalmente.
Entre brigas e amizades amistosas, Jacob se sente muito bem no navio, era como se sentir em casa, coisa que nunca havia sentido antes, uma vez que era órfão e morava de favor numa casa com outros adolescentes, comandados pelo Sr. Lewis, um homem cruel, que aos poucos, Tutu vai tirando a mascara de homem bonzinho.
As coisas mudam quando o capitão anuncia a parada repentina na ilha de Otaheite, a famosa polinésia afrodisíaca, na qual as mulheres andam nuas e se apaixonam muito rápido pelos viajantes. A chegada é amistosa, com presentes e muita educação, e claro, cuidado para não dar um passo em falso.
Ficaram três meses na ilha, onde, informou o capitão, deviam se reabastecer. Os marujos faziam a festa e Tutu não ficou de fora. Logo se apaixonou por uma menina, e prometeu pra ela o mundo, dizendo que era rico e que a levaria com ele para a cidade grande.
Até que chega o momento da partida e as coisas ficam complicadas, pois os marinheiros não queriam ir embora pois tinham criado laços com as mulheres da ilha de Otaheite. Mas quem manda é o capitão, então foram todos embora, deixando a ilha e seus amores para trás.
Quando já estavam a uma boa distancia da ilha, os marujos decidem fazer um motim contra o capitão. Eis que o evento é realizado, e apenas 14 homens seguem com o capitão, porem apenas lhes deram uma lancha, um pouco de água e de comida. Tutu, claro, foi com eles apesar de repensar a idéia sobre ter de deixar sua amada.
Após um mês no mar, a aventura tem fim, com apenas seis fieis marujos. Chegam a Inglaterra e realizam uma espécie de processo pelos amotinados. Alguns são presos e depois mortos na ilha de Otaheite, enquanto outros nunca mais foram encontrados.
No final do livro, Tutu volta muito bem sucedido, com dinheiro no bolso, aluga um quarto de hotel e decide libertar seus irmãos das garras do Sr. Lewis. O homem, até então bom, é desmascarado: ele vendia os meninos bonitos para senhores da cidade, John fora um deles. Entao para acabar com tudo de uma vez, ele vai até o local e avisa seus irmãos, todos eles fogem, porem ele não encontra o Lewis para acertar as contas.
A partir daquele dia, John decide que quer ser um homem do mar, servindo ao capitão William. Após muitos anos ele se torna capitão e tem seu próprio navio. No final do livro, quando estava saindo do funeral de Bligh, ele reencontra o fidalgo, e agradece pela oportunidade, e, o mesmo oferece um navio para Tutu navegar para cumprir uma missão dada pelo fidalgo. Ele prontamente aceita e deixa sua mulher e seus seis filhos para trás, para seguir com sua aventura.
Gostei muito desse livro, ele passa uma mensagem de superação, incrível. Realmente recomendo pra quem tiver curiosidade de saber como são as coisas do mar, navios, ilhas e mapas, e também claro pra quem estiver a fim de uma boa história.

Minha classificação: ★★★★

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