Título: Invasora - A Convocação
Autora: J. S. Dalmolin
Editora: Novo Século
Páginas: 345
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Sinopse:
Sammy é apenas mais uma adolescente, entre tantas, que enfrenta a difícil crise da separação dos pais. Ela achava que a sua vida estava um verdadeiro caos, porém as coisas ficam ainda piores quando ela é atropelada e acorda no século XVI. No início pensou estar sonhando, depois achou que estava ficando completamente louca, mas percebeu que nada teria importância se o amor que descobriu sentir por Ian fosse correspondido. Contudo, esse amor está fadado ao fim, ela terá que retornar ao seu tempo se quiser continuar vivendo. Um envolvente romance onde as aparências enganam e o tempo também é um inimigo.
Resenha:
Invasora - A Convocação, narra a história de Sammy, uma adolescente de 16 anos que enfrenta arduamente a recente separação de seus pais. A mãe da jovem se sente responsável por essa separação, e por isso fica cada vez mais dependente de suas filhas. Sammy fica incomodada com toda essa dependência, visto que ela tem outras coisas de adolescente para pensar, e não gosta de ficar fazendo o papel de mãe.
Um belo dia, Sammy vai levar alguns papéis que sua mãe esqueceu em casa, e no caminho acaba sendo atropelada por um caminhão. Como esperado, ela fica inconsciente no hospital, mas vive uma experiência "fora do corpo" em outra época.
Quando acorda, a jovem não sabia onde estava. Ela foi encontrada em um estábulo por Ian, um homem lindo e encantador e dono da propriedade onde Sammy estava. Ele trata dos seus ferimentos causados pelo acidente e a contou que eles estavam na Inglaterra de 1519.
As dúvidas não demoram a surgir, e Ian acredita que ela seja uma invasora (pessoas capazes de viajar no tempo e aprender tudo o que as pessoas ao seu redor sabem), porém as últimas invasoras foram exterminadas por bruxas. Como eles estavam no período da Inquisição Católica, as perseguições às bruxas eram mais frequentes, entretanto as mais poderosas ainda estavam vivas.
Ian começa a se questionar qual é o propósito de Sammy naquele lugar, enquanto a adolescente esta mais confusa do que nunca. Ela tem que conviver com a ideia de que não quer mais deixar aquele mundo, mas ao mesmo tempo, sente saudades de sua família e quer voltar para casa.
"As pessoas, as coisas, os lugares, os sentimentos, tudo é tão real, tão palpável. Começo a acreditar que estar aqui é real e possível. Pensando bem, quero acreditar que isso possa ser real e possível. Apesar do medo que sinto quase o tempo todo, quero acreditar que ele seja real." Pg. 121.
Portanto, eles embarcam numa grande aventura em busca de respostas do porque da presença de Sammy. Nessa viagem até o castelo Flytower, uma linda história de amor floresce, cheia de descobertas e emoções.
"Ao desviar os olhos dos dela, Ian sentiu-se privado do ar para respirar. Era como se sua vida lhe fosse arrancada, tamanha a tristeza que sentiu." Pg. 60.
A narração é intercalada por Sammy e um narrador onisciente, que vão, ao longo do livro, tecendo essa bela história. Estava com um pé atrás antes de começar, pelo fato de eu nunca ter lido um romance fantástico de autor brasileiro. Mas confesso que me surpreendi pela obra! Único ponto negativo, que eu achei, foi a saturação de criaturas e coisas que ocorrem ao mesmo tempo. Tive que retornar algumas páginas e ler novamente para digerir tudo o que estava acontecendo no enredo.
A escrita da autora é mágica, te prende do começo ao fim. Por fim, gostaria de agradecer à autora pela cortesia enviada, a diagramação está maravilhosa! Estou ansiosíssima pela continuação! Recomendo muito para quem adora uma emocionante história de amor repleta de seres sobrenaturais!
"Aquela garota despertava nele a vontade de viver, de sorrir, de esperar pelo dia saguinte, de respirar e sentir o vento em sua face. Ela estava devolvendo para ele a vida que há muito se fora. Devolvia-lhe a esperança de amar e ser amado, assim como ele era." Pg. 152.
Sobre a Autora:
Filha de agricultores, J. S. Dalmolin, nasceu em 4 de junho de 1974. Morou até os 14 anos no interior do estado de Santa Catarina e mudou-se para o Paraná em 1988. Desenvolveu cedo a paixão pela leitura e, motivada por ela, cursou Letras tornando-se professora. Sempre manteve o sonho de escrever e, convivendo diariamente com adolescentes, buscou em seus conflitos inspiração para criar a obra INVASORA: A Convocação, primeiro livro da série.
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